MAGAZINE CASASHOPPING
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À esquerda, Massimiliano Fuksas em seu escritório. Abaixo, o momento em
que conhece o projeto de ampliação do CasaShopping, apresentado pela
Gerente de Marketing, Gilda Antoniazzi
Foto: Gilda Antoniazzi
interesse em ética e um forte compromisso com a so-
ciedade. Se um arquiteto é ético e comprometido com a
comunidade inteira, é possível conceber boas soluções e
oferecer os lugares melhores. A ética vai ser o valor mais
importante dos próximos anos.
O senhor mantém escritórios em Roma, Paris e Shenzhen
e ainda toca projetos em diversos países. Em que modo o
contato com diferentes culturas se reflete em seu trabalho?
O trabalho do arquiteto se torna interessante quando se
aproxima de diferentes culturas. A arquitetura não é somen-
te o estudo de funções. Além de garantir a sua finalidade,
ela deve ser capaz de integrar as novas construções para
a história. E para isso é preciso um diálogo contínuo entre
“atores e espectadores”.
Há um testemunho em que o senhor fala sobre a im-
portância de encontrar “a alma das coisas”. Conte-nos
como nasce e se desenvolve a sua busca pela essência
de cada projeto, do objeto à residência, do local de culto
ao shopping center?
Eu nunca tive qualquer interesse em relação ao aspecto
formal. Há coisas mais interessantes do que se ocupar ape-
nas de traçados geométricos ou elementos sem alma. De
mente vazia, nasce somente uma forma. Explicando melhor,
é como escrever: primeiro você tem que pensar; assim, o
projeto concebido pela sua mente é ligado a um conceito
que se constrói, se desenvolve, se estrutura. A construção
começa muito antes mesmo do desenho. A primeira coisa
que deve nascer é a ideia, o conceito.