design
pranchetas: “a indústria sempre traz
ideias que, fatalmente, as marcas
acabam adotando, pois são soluções
relacionadas à aerodinâmica, à leve-
za e, principalmente, ao conforto”,
explica Igor.
Mesmo nas lojas, o design, por
mais simples que seja, também tem
influência no ato de pedalar. Assim,
o bike design surgiu como uma ne-
cessidade das lojas especializadas de
adaptarem as bicicletas ao corpo do
ciclista, adaptando-a ao tamanho e
ao peso do cliente. “Isso é um ele-
mento importante, pois o esforço na
coluna faz a diferença para quem é
mais pesado, que acaba arrastando
peso além do necessário, principal-
mente nas subidas”, acrescenta Igor,
que tem como sonho uma bicicleta
da marca Specialized. “É a Apple das
bicicletas”, diz o publicitário.
Para esse tipo de demanda dife-
renciada, a italiana Pinarello tem
três modelos em cartaz para quem
busca uma bicicleta para o dia a
dia, mas com boa performance: a
Laenda, para o estilo mountain bike,
a Dogma, no formato speed, própria
para asfalto, e a Carbon, para quem
faz longas distâncias. Já a Peugeot,
que é para os franceses o que a Caloi
é para nós, divulgou recentemente o
protótipo de seu B1K, em que uma
caixa de marchas interna substitui o
sistema de correntes para a roda tra-
seira. Mais automotivo, impossível.
Na área do marketing, os destaques
ficam por conta de duas referências de
luxo. Uma delas é a Range Rover, que
lançou uma nova coleção de bicicletas
que complementa sua série offroad
Evoque, de carros utilitários. A outra é
a Hublot, grife de relógios suíços, que
divulgou a limitadíssima série de bici-
cletas de máscara inteiramente negra
– apenas 30 unidades.
Mas o design sofisticado das bi-
cicletas não é exclusividade das
grandes marcas. É também o ob-
jeto de desenvolvimento dos es-
túdios das grandes universidades
americanas de desenho industrial,
que desenham o destino do design
das bicicletas, que deixou de ser o
veículo do futuro para ser uma rea-
lidade do presente.
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