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controle com suas comunicações, promoções, propa-
gandas e comportamentos externos. Foi desse contex-
to que nasceu o Archizoom, um movimento de caráter
internacional, que aconteceu na Itália, Áustria, Estados
Unidos, França e outros países”, lembrou Andrea.
Segundo ele, duas conclusões importantes ficaram do
Archizoom. “A primeira, de que o futuro da sociedade in-
dustrial não estava na estandartização, mas na complexidade
da anarquia e na quantidade de ofertas cada vez maiores. A
segunda, de que o desenho urbano, a arquitetura e todos
os objetos de design eram conflitantes entre eles e com a
própria cidade”, explica Andrea, hoje um dos teóricos mais
ouvidos sobre design e arquitetura, autor de vários livros
como “La Casa calda” (1982), “Animali domestici: le stile
neo-primitivo” (1986), “Nouvelles de la métropole froide”
(1991) e “Una generazione esagerata” (2014), entre outros.
A CIDADE QUE NUNCA PARA
O grande mérito de Branzi foi ter começado a pensar
o design em termos humanos e não apenas como uma
ferramenta a serviço da indústria. Ele participou em 1977
do Studio Alchimia, que já apostava na reciclagem do lixo,
e nos anos 80 se uniu ao movimento Memphis contra o
minimalismo Bauhaus.
Um de seus trabalhos mais estudados e aclamados é o
da Non-Stop City, no qual ele expressa, através de dese-
nhos, sua visão de um urbanismo global onde a arquite-
tura desaparece. Em seu lugar entra em cena o mobiliário
urbano. É o design que se torna importante nesse novo
mundo, governado pela mudança constante e pela mo-
bilidade. Já nesse projeto, vemos os elementos da arte de
Branzi, conjugando natureza e design.
Vasos da série “Amnésie”, de 1991
As espirais, segundo Branzi, se conectam com as leis cósmicas
Foto Lysiane Gauthier
Acima, o sofá Axal, de 1988. Abaixo, a mítica chaleira de prata
S6 com alça de tronco de árvore: arte e natureza combinadas
MAGAZINE CASASHOPPING
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DESIGN
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