Há 10 anos Maurício Nóbrega também visitou a Casa
da Cascata. “É o meu ícone, um marco da arquitetura
moderna. Quando Frank Lloyd Wright a construiu já
tinha 70 anos e estava meio parado. O terreno é lindo.
Eu me lembro que para visitá-la era preciso marcar
com antecedência. Só entravam 25 pessoas por vez.
Eu estava em Washington, fui e voltei no mesmo dia
por uma estrada linda”, lembra Maurício, que conhe-
ceu outras casas de Frank Lloyd Wright em Chicago,
mas continua preferindo a Casa da Cascata. Tem até
um pôster dela no escritório em casa.
As estruturas de concreto reforçado em balanço
impressionaram o arquiteto. “Esse cálculo estrutural
da casa foi um ponto de grande briga e divergência
entre Frank Lloyd Wright, o empreiteiro e o calculista
na época. Tudo o que Wright queria era muito ousado.
O calculista e o empreiteiro faziam coisas que não o
agradavam, isso criou um estresse com o proprietá-
rio. Apesar de toda a discussão entre eles, o resultado
final foi aquele deslumbramento, que é admirado pelo
mundo inteiro”, diz Maurício, que chama a atenção
para um dos detalhes mais bacanas da obra: uma
escada na sala de estar que permite aos moradores
tomarem banho na cascata a qualquer hora do dia.
“O calculista e o
empreiteiro faziam coisas
que não o agradavam,
isso criou um estresse
com o proprietário. Apesar
de toda a discussão entre
eles, o resultado final foi
aquele deslumbramento,
que é admirado pelo
mundo inteiro”
Maurício Nóbrega
Foto André Nazareth
Foto /Shutterstock.com
MAGAZINE CASASHOPPING
45