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MAGAZINE CASASHOPPING
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MODA
a cada seis meses com lançamentos feitos em eventos como
a Première Vision, salão de produtos têxteis de Paris. Quem já
tem seu cadernão espiral compra a folha nova durante o salão,
com desconto. Sim, com desconto, porque normalmente é um
produto caro, algo em torno dos mil dólares pelo cadernão.
AS CORES DO ANO
Como empresas americanas prezam a democracia, a Pantone
inventou a cor do ano, divulgada gratuitamente na Internet. Em
setembro, anunciam a cor dos próximos 12 meses. A estratégia
ficou evidente quando, há dois anos, a Radiant Orchid (18-3224
no caderno) foi lançada. Um nome estranho, uma cor difícil, mas
ficou a curiosidade pelos próximos anúncios. Foi o Marsala, tom
entre o vermelho e o vinho, que conseguiu contagiar batons,
veludos, moda de inverno, estofados, serviços de mesa. Muito
feminino, preparou o caminho para a delicadeza do Rose Quartz
(13-1520), sugestão principal da seleção de 2016.
O QUE TEREMOS EM 2016
A verdade, nude e crua – afinal, acreditamos nessas pre-
visões? Ok, o esmalte Marsala ficou bacana nas unhas.
Provavelmente o Rose Quartz vai desencadear uma onda de
joias nesse cristal. Há um boato em torno dos verdes – cor que
as francesas acham que não dá sorte.
“Vert, malheur”
, dizem
as elegantes parisienses. Tantas referências não significam
que vamos abrir mão de tons neutros, com os cáquis (sim,
a Pantone indica o Iced Coffee 15-1040); um azul (pode ser
o Snorkel Blue ou o Limpet Shell) ou um bom vermelho (um
Fiesta 17-1564). É muita cor, só que, de acordo com os desfi-
les já vistos no Brasil para o inverno 2016 ou para o verão, em
Paris, tudo isto vale... desde que junto com tons de nude e a
base do look seja... preta! Nada como os tons neutros, para
enfrentar tempos de crise hídrica e capital curto para investir
em roupas novas. Vamos olhar em volta, sair do guarda-roupa
e ver como as sugestões da Pantone entram na moda no mo-
biliário, nas paredes, nos prédios, embalagens, no ambiente
que nos cerca. Há muito espaço para as cores.
Lindo, o vestidinho de cetim verde (Pantone
111-1-7) de Alber Elbaz para Lanvin. Só que em
seguida a esta apresentação Alber foi demitido.
Como muitas superstições, vem dos bastidores do teatro a
crença de que o verde não dá sorte. Provavelmente porque,
no século XIX, roupas dessa cor tinham arsênico no pigmento
– quer dizer, eram venenosas em contato com a pele. As ele-
gantes francesas continuam afirmando que
“vert, malheur”
– isto é, “verde, azar”.
Coincidência ou não, o verde fez parte da coleção Lanvin
desfilada em outubro, assinada pelo talentoso Alber Elbaz.
O que aconteceu em seguida ao desfile? Elbaz foi demiti-
do da Lanvin!
As cores também seguem os movimentos da humanida-
de civilizada. Tanto que a Pantone elegeu mais uma cor, o
azul Serenity (referência 15-3919), para conjugar com o Rose
Quartz, como uma espécie de manifesto sobre as diferenças
entre gêneros. “O rosa quase se dilui no azul, as duas co-
res passam uma sensação de ordem e paz”, define Leatrice
Eiseman, diretora executiva da Pantone.
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