Dois produtos da linha M’Afrique, a mesa Baobab
(alto) e a versão curta da poltrona Husk, com o
detalhe do tecido desenvolvido pela holandesa Fabrik
para o conceito da decoração. “Era mais do que um rede-
senho, mas uma volta completa no conceito de se ter ou
não uma cervejeira em casa e, simultaneamente, encontra
a linguagem da evolução da cerveja”, explica Thorpe.
Mas para o design de interiores, a importância da pran-
cheta de Marc Thorpe continua com vida própria. Em mais
uma das experiências com a Moroso, ele criou o Morning
Glory, uma coleção de mesas de alturas variáveis, mas
criadas para a apresentação em conjunto. Cada uma de-
las é a reprodução do desenho de uma trepadeira com
os caules e suas folhas em metal dispostos em planos
pequenos, mas bem utilitários, para levar para dentro de
casa a graça de um jardim. “Foi um projeto com toques
pessoais, que batizei com o nome do meu próprio jardim
que mantenho em minha casa, no Brooklyn”, revela ele,
que associa a mais uma de suas filosofias. “É um design
holístico, que envolve componentes de espaço e forma”,
explica Thorpe.
O contexto do design como obra de arte foi incorporado
por Marc Thorpe com a luminária Vol de Nuit, que desen-
volveu para a francesa Ligne Roset. A criação é destaque
de uma das exposições mais importantes do momento, a
NYCxDESIGN, em cartaz desde janeiro deste ano. É uma
peça em que a luz funciona como elemento, tanto quanto
a ambientação, tal como no filme do mesmo nome, de
1933. Com a sua forma que remete às antigas gaiolas,
as arcaicas, do século XIX, é uma criação que resume o
trabalho do arquiteto e de sua equipe, que integram pas-
sado e futuro, com formas que revisam antigos conceitos,
mas com novas formas, resgatando todos os destinos do
design que há no presente – e no passado. Mas que só
ele enxerga.
MAGAZINE CASASHOPPING
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DESIGN