afirma: “Como você deve saber, eu tenho um caso de
amor com essa lâmpada. Adoro a simbiose perfeita de
poesia e tecnologia mas também gosto de investigar
todos os tipos de novas tecnologias, capazes de abrir
tantas portas para o futuro da luz. Talvez as lâmpadas
se tornem cada vez mais invisíveis com LEDs e fontes de
OLED minimalistas. Mas a fascinação e o romantismo
de uma fogueira ou de uma vela nunca se perderão”.
Quem olha a luminária “Lágrimas de pescador”, uma
rede com milhares de cristais pendurados, iluminados
por um foco, lembra que Ingo Maurer é filho de um
pescador. Ele conta que nasceu numa pequena ilha
chamada Reichenau no lago Constance, na Alemanha.
“Se você tiver a oportunidade de viajar à ilha, nunca irá
esquecer a luz mágica do sol refletida na água. Essas
imagens nunca saíram do meu inconsciente. Não gosto
de analisar meu próprio trabalho. Acho que isso me
impediria de criar novas coisas. Gosto de trabalhar de
um jeito espontâneo e intuitivo”.
A rotina de Ingo começa às 9h, quando ele sai de
casa. “Tenho sempre muitas ideias na cabeça e traba-
Sete ratos: gaiolas de metal dourado com ratos brancos, de 2007
Luz em lata, 2003, inspirada em Andy Warhol
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