Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  77 / 164 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 77 / 164 Next Page
Page Background

MAGAZINE CASASHOPPING

77

Abaixo, duas etapas do preparo de peças: a linha já moldada (esquerda) e a queima no forno

(direita). Na página anterior, uma das peças históricas da ala do museu dedicada às caças.

E faz é tempo. Puxando a conta, são quase dois

séculos de fabrico de utensílios e objetos decorativos

inicialmente feitos em cerâmica “pó de pedra”, méto-

do para lá de rudimentar (afinal, começou em 1816),

que depois foi aperfeiçoado com técnicas mais elabo-

radas, fruto de uma providencial investida na região

de Sèvres, na França, berço das mais belas cerâmicas

do mundo. Ali, uma leva de profissionais portugueses

aprendeu a pôr a mão nessa massa branca, translúci-

da e impermeável que é a porcelana, e não esqueceu

jamais. Hoje, os portugueses são mestres nessa área,

entre os melhores do mundo.

Desde sempre, a Vista Alegre produz suas peças na

fábrica montada nos 40 hectares da fazenda Ermida

de Vista Alegre, em Ílhavo, em Aveiro, adquirida pelo

abastado José Ferreira Pinto Basto. Nessa propriedade,

que inclui a bela igreja barroca de N.S. da Penha da

França, Pinto Basto, na companhia de seus 15 filhos,

fundou a Pinto Basto & filhos e começou o seu próspe-

ro e longevo negócio.

Aveiro, uma das cidades mais lindinhas das costas

portuguesas, com seus canais e orla da praia com casas

de madeira – fica a duas horas de carro de Lisboa. Um

pulo e um grato programa, estradas ótimas e muito

por fazer e comer por lá: a sardinhada, arroz molhado

no tomate e azeite misturado com sardinha, é de não

esquecer jamais e chegam em pratos fundos feitos

adivinha onde?

A Vista Alegre só divide as atenções por ali com

o Museu do Bacalhau. É que Ílhavo era o ponto de

chegada dos barcos que vinham da Noruega apinhados

de bacalhau. Ali eram salgados no sal e expostos ao

sol. É divertido visitar e explorar esse universo.

Na Vista Alegre, as visitas guiadas pelas instalações da

nova e da antiga fábrica são a atração principal. Vale muito,

uma informal aula sobre a confecção, cozimento, criação,

montagem e pintura manual. Depois, tem a loja com as

novas peças da casa. Mais adiante, outro espaço só de

“pontas”, peças fora de linha que saem bastante em conta.