

A construção de 500m
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é composta de três andares
e cinco quartos. O térreo é o coração da casa. Um
ambiente único, sem divisórias. O chão de granito
branco serve de base para a área externa e interna
dividida por uma ampla porta de vidro. “Dá uma
sensação gostosa de estar tudo integrado”, diz. A
história da família é contada através dos móveis e
objetos que foram sendo comprados ao longo do
tempo: lembranças de viagens, herança de família
ou como marco de momentos importantes. “Este
quadro do Amilcar de Castro comprei quando meu
primeiro filho, Felipe, nasceu. Eu tinha 24 anos e foi
também meu primeiro investimento em arte. Depois
fui colecionando aos pouquinhos. Eu e minha mulher
somos ligados em todos os tipos de arte. Nosso estilo
é o que a gente vê e gosta”. Na sala, a pintura de
Amilcar de Castro divide espaço com esculturas de Raul
Mourão e José Resende, panos e máscaras africanas,
mantas peruanas, bancos e cabaças indígenas do
Xingu, duas belas cadeiras da Claudia Moreira Salles
e peças de valor sentimental como o coco baiano
de prata, último presente que Erick ganhou do pai.
A mesa lateral chamada de “Encaixe perfeito” foi
criada pelo arquiteto em madeira e pedra para um
ambiente do Casa Cor. “Gostei tanto da combinação
limpa e concreta que dei o nome em homenagem
a minha mulher, ao nosso casamento”, confessa.
Sob a peça, um abajur anos 1950 de jacarandá e
um objeto trazido de uma viagem à Birmânia. “As
combinações vão acontecendo e posso mudar a
qualquer momento. Digo isso, quando entrego um
projeto para o cliente. Cada família é única e a casa é
uma obra que está sempre sendo retocada, cuidada em
eterna construção”, diz. A mesa de jantar do designer
Jader Almeida tem cadeiras de Geraldo de Barros,
dos anos 1950, reeditadas, e luminárias Ingo Maurer.
Dois banquinhos de jacarandá da mesma época foram
encontrados em brechós e reformados.
À esquerda, mix de obras dos artistas Marcelo Solá (maior),
Gabriela Machado (menor) e banco indígena. Acima, O quadro
de José Bechara completa o canto do bar com poltronas
de couro, cadeiras de vime e bancos de jacarandá dos anos
60 garimpados em brechó. Na escada com corrimão feito com
tapume de obra, dois desenhos de Tunga. Ao lado, cadeiras
Willy Rizzo e mesa Saarinen. À direita, o jardim vertical compõe
o ambiente de jantar com mesa assinada por Jader Almeida e
luminárias Ingo Mauer
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