

O apogeu do poder espanhol é marcado,
no século XVI, pelo Império dos Habsbourg,
fruto de uma hábil política matrimonial
e numerosas conquistas militares
O
século XVII é considerado o
Siglo de Oro
, período de intensa
vitalidade artística e literária que assegura à Espanha uma
incontestável supremacia cultural na Europa. Os principais
pintores espanhóis dessa época foram Diego Velázquez, El Greco,
entre outros, e, mais adiante, Goya. No reinado de Carlos V e Felipe
IV, numerosos franceses se instalaram em terras espanholas. Sevilha,
a capital econômica e cultural do Império, tornou-se a cidade
mais próspera e obteve o monopólio comercial com as colônias da
América como parte da expansão marítima. O crescimento econômi-
co resultou no investimento de somas colossais para desenvolvimen-
to do patrimônio arquitetônico e cultural da cidade. Nessa atmosfera
particularmente estimulante, a pintura adquiriu uma nova dimensão.
Os mestres ibéricos receberam importantes encomendas públicas,
sobretudo para fixar para a posteridade inúmeros retratos da
família real, aristocratas, banqueiros, ministros e grupos de grande
poder socioeconômico. A arte do retrato alcançou um amplo
reconhecimento. Essas encomendas contribuíram também para a
afirmação financeira e intelectual desses pintores.
Diego Velázquez (1599-1660), de família de origem portuguesa,
aos 23 anos trocou Sevilha por Madri para trabalhar como retratista
oficial e exclusivo para o monarca Felipe IV, seu principal modelo e
cliente. Pinta 34 retratos do rei e inúmeros da monarquia. O Conde
Duque de Olivares tornou-se um dos principais responsáveis pela
admissão de Velázquez na corte e, como seu protetor, foi uma das
figuras cortesãs que tiveram destaque no governo de Felipe IV.
VANDA KLABIN
península ibérica
A arte da
MAGAZINE CASASHOPPING
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arte