

Heloisa Marra
O
Rio de Janeiro, entre a floresta e o mar,
dependendo da geografia, a natureza
seduz e desafia a arquitetura com um ele-
mento. Em Angra dos Reis, como mar imenso,
que Claudio Bernardes e Paulo Jacobsen abra-
çaram em casas sobre a água ou nas ilhas. Em
Búzios, com o vento, que Octavio Raja Gabaglia
aprendeu a domar. Em Petrópolis, foi a vez da
montanha ganhar cenografia com a mistura de
neoclássico, modernismo e
déco
, na primeira
cidade planejada do Brasil.
e Petrópolis
O DESAFIO DE TRÊS MUSAS:
Angra, Búzios
Uma oca no mar de Angra
Pioneiro, com o sócio Claudio Bernardes, na
arquitetura de Angra, Paulo Jacobsen, o Cecedo,
lembra desses primeiros tempos. “Como o Tavinho
(Octavio Raja Gabaglia), em Búzios, que tinha que
lidar com o vento, no nosso caso era muita água”,
conta. “Erguíamos casas em ilhas e construíamos
com dificuldade de acesso. O material precisava
boiar até as ilhas. Não entravam alvenaria, con-
creto e ferro. Eram construções meio japonesas”,
• •
estilo
130
|
MAGAZINE CASASHOPPING