Magazine 57 - page 117

Ilustração: Ilda Fuchshuber
um banco ou figurinhas como as de uma câmera. São elas
que fazem acontecer o que se espera, ou seja, permitir que
se use o banco ou que se veja, edite ou tire fotos.
Mas os assuntos desta coluna, para quem está se pergun-
tando de que afinal estamos falando, são dois. Um é a ve-
locidade, com a chamada Tecnologia da Informação – que
no fundo é simplesmente computação – que se expande em
duas direções, a horizontal, se espalhando em todas as ativi-
dades do dia a dia. E, verticalmente, pelas camadas de renda
da população. Hoje não há quem não tenha
smartphones
ou
tablets
e os use para comunicação e diversão.
O segundo é a queda do ritmo do lançamento das novi-
dades nas novas formas de uso da tecnologia. Os grandes
saltos dessa tecnologia era conhecido como o “Next Big
Thing” – a próxima grande coisa. Vejamos o que tivemos
antes e o que acontece agora: nos últimos 15 anos, mais
ou menos, nos encantamos com o computador pessoal,
que mudou toda a forma de trabalho e de comunicação.
Depois, nos assombramos com o iPod, o tocador definitivo
de música, que transformou profundamente a maneira de
se vender e consumir música. Depois, veio o iPhone que for-
matou e consagrou o smartphone, que definia um formato,
mas não um produto. E, por fim, o iPad que estabeleceu o
modelo consagrado do computador de mão,
o tablet.
Não importa se hoje há telefones e tablets Android,
não fabricados pela Apple. O fato é que os fenômenos
dos formatos deram uma parada e, hoje, são todos se-
melhantes: uma tela que se toca e faz (quase sempre)
o que se espera ou se comanda. Desde lá, talvez por
conta da gigantesca escala de vendas desses produtos
e dos grandes lucros acumulados, a indústria arrefeceu
o seu entusiasmo em nos apresentar novidades.
Algumas iniciativas surgiram mas não aconteceram.
Houve (há) o Google Glass, que como já dissemos
aqui, não se transformou em um produto de fato. O
Apple Watch, o smartwatch ideal, é apenas mais uma
extensão do telefone no pulso. Mas o aparecimento e
lançamento da tal Next Big Thing, dentro do ritmo dos
produtos de que falamos, que criaram e mudaram o
mercado, parece cada vez mais distante.
Não importa se hoje há telefones e
tablets Android, não fabricados pela
Apple. O fato é que os fenômenos
dos formatos deram uma parada e,
hoje, são todos semelhantes: uma
tela que se toca e faz
O que será que aconteceu? É o que pergunta muita
gente, de jornalistas a investidores. Arriscar um palpite
é um risco tão grande como se lançar de um avião sem
paraquedas para pegá-lo da mão de um outro louco em
queda livre. Mas o próximo Big Thing deverá acontecer,
quase discretamente, deverá ser na área da TV. Essa
evolução já está ensaiada na forma do Chromecast, do
Roku, da Apple TV e outros aparelhos que se ligam às
nossas televisões comuns – ou já estão acopladas às
inteligentes. Como será a sua forma final não ousamos
tentar adivinhar. Mas pode ser qualquer outra coisa,
totalmente diferente, e surgirá de onde menos espera-
mos. Que seja grande, que seja Big.
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