ao pôr do sol. No trecho final, chega-se ao parque de
Chambord, sobrevoando o castelo e aterrissando em
uma das clareiras da reserva, onde o silêncio é corta-
do, no outono, apenas pelo canto de acasalamento
das corças.
De volta ao chão, os diversos restaurantes da região
abrem a riquíssima adega de vinhos brancos do Val du
Loire. São muitas denominações e sub-regiões, mas
há duas nações vinícolas, não de territórios, mas de
três uvas: as chenin blancs, com rótulos de Vouvray,
Chinon e do espetacular Savennières. As sauvignons
blancs, um convite aos frutos do mar, especialmente
com os rótulos de Sancerre de de Pouilly-Fumé. E o
melon de Bourgogne, praticamente um sinônimo do
ícone Muscadet.
Na mesa, jamais despreze os produtos da região. São
peixes de rio como os delicadíssimos sandro e lúcio,
queijos como o saint-maure e o crottin de chavignol,
aves como as de Maine e Touraine, cordeiros como os
de Sologne, são legumes e frutas como os de Anjou
– dos aspargos às peras. Clássicos como os
civets
, as
rillettes
, os
sablés
e até a imortal
tarte tatin
têm ori-
gem na região. No fim, o brinde com outra especia-
lidade nativa, o Cointreau. Seguindo-se esse roteiro,
qualquer lua de mel entrará para a história e será feliz
para sempre.
Sobrevoando os vinhedos
Abaixo, túmulo de Leonardo da Vinci que descansa em uma
capela dentro das muralhas do castelo de Amboise
MAGAZINE CASASHOPPING
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VIAGEM