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Um mundo à parte, onde o sol convive

com a noite e as lendas encontram a

realidade da espetacular natureza local

I

slândia, terra de gelo e fogo, água e pedra, luz e escuridão. Mas é também uma nação de cores, luzes, efeitos e

arquiteturas bem peculiares. Por isso tudo, é uma terra de grandes contrastes, onde a natureza se mostra poderosa,

majestosa, indomável e grandiosa. A Islândia é um país nórdico, situado no oceano Atlântico Norte. Sua população,

de 320 mil habitantes cabe inteira na Zona Sul do Rio – somente os 200 mil que vivem na sua capital, Reykjavík, cabe-

riam em Copacabana.

Toda a cultura do país baseia-se em tradições nórdicas – sua literatura é reconhecida por suas sagas, escritas ainda na

Idade Média, que reflete a sua população, formada inicialmente pelos vikings e que sofre influência de outras nações,

como a Dinamarca, à qual foi integrada até a sua independência total, em 1944. No rastro dessa influência, muitos

músicos, poetas e escritores reforçam o lado artístico do país, de lendário rico e de iconografia que a própria população

defende – muitos acreditam em elfos, suas histórias e lendas são contadas de gerações a gerações. Estrela máxima do

país, a cantora Björk disse, certa vez, ao New York Times, que muitas gravadoras mundiais exploram a criatividade de

bandas locais pesquisando, antes, se seus artistas acreditam em elfos.

Muito charmosa, a capital Reykjavík conquista o visitante com um perfil de casas baixas, de traço tradicional e de co-

lorido rico, que contrasta com a arquitetura imponente e moderna de construções como a Opera House. E ainda com

as manifestações de vanguarda, como as intervenções urbanas, que estampam as fachadas de várias construções pela

cidade. Ou ainda esculturas contemporâneas, como a que faz referência, no calçadão em frente ao mar, aos primeiros

navios vikings que aportaram neste país.

O melhor momento para visitar a Islândia é agosto, no auge do verão local, em que o sol brilha com mais intensidade

e por muito mais tempo do que estamos acostumados. Nesses dias, numa praça mais elevada, as pessoas se reúnem

para assistir ao pôr do sol, um espetáculo de cores que se inicia às 23 horas. Mas são verões curtos, que dão lugar a

invernos suaves, com temperaturas que não baixam mais que três graus negativos – por mais próximo que esteja dos

círculos árticos, as correntes marítimas quentes, que circulam na região, fazem com que as temperaturas subam e os

invernos sejam menos rigorosos do que se imagina.

PAOL A CRUZ

ndia

MAGAZINE CASASHOPPING

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