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esgatar o charme do modernismo brasilei-
ro. Esta foi a proposta do arquiteto Mauricio
Nobrega quando assumiu a reforma dessa bela
casa de 580 metros quadrados no bairro do Jardim
Botânico. “A casa foi construída nos anos 50 e, me
parece que, por volta dos anos 70, foi feita uma
reforma que descaracterizou a arquitetura. Resolvi res-
peitar o desenho original”, conta Mauricio Nobrega.
O ponto principal foi tirar o telhado colonial. Com
isso, houve a possibilidade de abrir uma claraboia no
corredor de circulação da casa e aproveitar a ilumi-
nação natural. “Procuramos aproveitar os elementos
naturais, usamos também muita madeira e tijolo”, diz
Mauricio. A casa de bonecas da filha é toda revestida
de madeira e a sala de TV, também com muita ma-
deira, ganhou bancos em forma de arquibancada. “A
casa cresceu ao longo do terreno estreito e profundo,
fazendo do jardim uma integração entre o imóvel e o
vizinho Jardim Botânico. “O piso de cimento ocre na
sala, toda de frente para o jardim, foi um pedido da
dona da casa”, conta o arquiteto. Para completar o
ambiente, cadeira Charles Meme turquesa e poltronas
amarelas feitas com lona de caminhão. No jardim, um
belo banco de madeira assinado pelo artista Hugo
França fica próximo à piscina revestida com pedra
natural de Bali chamada Haja. Um painel com azulejos
do artista Athos Bulcão ilumina e dá a assinatura defi-
nitiva do modernismo brasileiro no ambiente de estar
externo. Luxo, tradição e até um pouco da história da
arquitetura brasileira nos mínimos detalhes.
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