

Há vinte anos atuando no ramo de tecnologia residencial,
Luis Fernando Amorim, diretor geral da High End, lembra
que, nos anos 2000, já acendíamos e apagávamos a luz
por um controle
touchscreen
. Para ele, o grande diferencial
deste fim de década é ter uma casa automutável que
reage sozinha a alterações de horário e climáticas. “Em
determinado momento do dia, por exemplo, o sol queima
o mobiliário da sala. Então, programo o
blackout
para
descer, mas deixando entrar 30% de luz. Passou o sol da
manhã, ele sobe automaticamente.
Luis Fernando ressalta que a personalização da
automação tem se sofisticado a tal ponto que, em um
futuro próximo, nem precisaremos de comandos de voz
para acionar os mecanismos. “Hoje, consigo programar
minha casa para que, ao chegar, o ar-condicionado de
determinados ambientes liguem em 19 graus. Ou para
que, quando eu acordar, o
blackout
suba 30%, o rádio
toque jazz com 14% de volume, e o ar suba para 24
graus. Assim, eu vou acabando com o sono de forma
gradual. Consigo até programar para que isso seja feito
apenas de segunda a sexta-feira”, diz ele.
A tecnologia que Luis Fernando ainda quer ver
disponível é a que não dependerá de interação entre
nós e as máquinas. “Quero chegar no hall do meu
apartamento e tudo acontecer sem que eu precise
falar ou acionar diretamente algo, apenas pelo
reconhecimento da minha face e sem que eu precise
colocar meu rosto em frente a um sistema”.
Enquanto o reconhecimento de íris não é viável em
larga escala, o comando de voz tem sido a menina dos
olhos das empresas de tecnologia. E não só por meio
das assistentes virtuais que enviam mensagens, fazem
pesquisas e até controlam a reprodução de músicas,
como a Alexa, da Amazon, e a Google Assistant, que já
são uma realidade comum nos EUA e ganham cada vez
mais força no Brasil. A Natuzzi, marca de sofás italiana
conhecida pela sua excelência em couro e produtos
automatizados, já prepara o lançamento no Brasil de um
modelo que responde a ordens de abrir e fechar, por
exemplo. “Hoje, nossos sofás já são automatizados, têm
recursos como
bluetooth
, carregadores de celular e
tablet
e ajustes de inclinação com apenas um toque”, afirma
Murilo Marreco, franqueado da loja do CasaShopping.
Na High End são desenvolvidos projetos de automação residencial geridos por meio de tablets e também por comando de voz.
As maçanetas que identificam o morador pelas digitais são uma das apostas em termos de segurança
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