

A privacidade dos consumidores é, de fato, uma
questão sensível, já que esses equipamentos fornecem
informações tão poderosas às fabricantes quanto
as nossas buscas na Internet sugerem sobre nossos
interesses e necessidades. Para termos experiências cada
vez mais personalizadas, que é o que prometem esses
devices
, temos que cadastrar mais dados sobre nossas
preferências. E isso pode parecer assustador para muitos
consumidores. Para a geladeira inteligente nos avisar, por
exemplo, os produtos que estão vencendo, precisamos
listar esses alimentos e bebidas no sistema. Prato cheio
para a indústria, não?
“A Internet das Coisas amplia a abrangência com que
as máquinas interagem com o ser humano. Muito em
breve, esses produtos cuidarão de nossas casas,
nossa saúde e nossas cidades, praticamente estarão
cuidando de nossas vidas. Nossa privacidade será
transformada em um enorme fluxo de dados que
trafegarão dentro da rede. A fragilidade do sistema
é constantemente comprovada por meio de ataques
hackers
como o recente WannaCry, que afetou 300
mil sistemas. Quem nos garante a segurança desses
dados? Como assegurar que terceiros não saibam de
nossa rotina, quem reside em nossa casa, a que horas
sai e quais são as fragilidades?, questiona Murdoch,
lembrando do também recente escândalo do Facebook,
onde informações privadas de milhões de usuários
foram utilizadas de forma antiética na última eleição
presidencial americana.
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