

S
ob o olhar grande e delineado da modelo Twiggy,
ao som dos Beatles e Rolling Stones, a senha para o
movimento já fora dada com a abertura da Bibba,
de José Luiz Itajahy, na Visconde de Pirajá.
Em maio de 1975, saiu a primeira edição da Vogue no
Brasil. A consultora de moda Cristina Franco lembra: “o
conde Rudy Crespi veio pessoalmente ao Brasil escolher
as modelos da revista. Eu e Maria Lamarca fomos as
duas primeiras manequins da revista”, conta. Para ela,
a expressão “incertos
seventies
”, usada por Georgina
Howell, na bíblia da moda “
Sixty years of celebrities and
fashion from British Vogue
”, é perfeita não só para os
anos 1970 como para hoje. “Temos atualmente muito
dos ‘incertos
seventies
’, que foram a raiz do andrógino e
de toda a discussão de gênero que ocorre agora”.
O Grupo Moda Rio surgiu nesses “incertos
seventies
”,
em 1972, formado por Marilia Valls, da Blu Blu, José
Augusto Bicalho, da Jo&Co, Luiz de Freitas, da Mr.
Wonderful, Sonia Mureb, da La Bagagerie, Ana Gasparini,
da Movie, Beth Bricio, Suely Sampaio, Teresa Gureg e
Marco Rica inventando uma boa parte do que já se faz
hoje: o
happening
de rua nos desfiles da Blu Blu, que
fechavam a atual Vinicius de Moraes, o desfile-espetáculo
nos hotéis mais chiques da cidade, uma semana de
lançamentos nacional, o prêt-à-porter e a venda por
atacado para todo o Brasil.
No alto, Luiz de Freitas e Leda Nagle.
Teresa Gureg, craque nos sapatos.
Frank e Amaury, artistas do couro, e
suas
tops
, entre elas, Carla Barros,
à direita de Amaury. Ao lado, José
Augusto Bicalho, da Jo&Co, e Monique
Evans. Abaixo, Marco Rica entre
Cristina Brasil (à esquerda) e Teresa
Cristina Schmidt e Carla Souza Lima.
À direita, o designer Marco Sabino
MAGAZINE CASASHOPPING
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