

Foi uma revolução feita com humor, diversidade e
momentos especiais com Gabeira recém-chegado do
exílio em 1979 e usando a famosa tanga de crochê ou
sentado no chão da loja da Mr. Wonderful fazendo
a cabeça dos clientes para usarem a moda masculina
colorida da marca. O novo comportamento aconteceu
driblando anos difíceis em tempos de pós-milagre
brasileiro e muito preconceito.
A criatividade de Luiz de Freitas era tanta que conseguiu
acabar com a caretice do homem brasileiro passando a
usar cores, modelagens arrojadas e até a polêmica saia.
Membro da Academia Brasileira de Moda desde agosto
de 2017, Luiz pretende lançar um livro, porque histórias
não faltam na vida desse Mr. Wonderful.
“Naquela época, a Inglaterra bombava e minhas
primeiras viagens foram enlouquecedoras. Não conseguia
nem dormir”, recorda. “Zandra Rhodes foi a primeira
mulher que eu vi de cabelo roxo na vida”. A paixão de
Luiz era Londres, mas o nome da marca Mr. Wonderful
veio do Mr. Wonderful Sammy Davis Jr., o cantor,
“porque a Delma Serafim, dona da Mônaco, dizia que
eu era a cara dele”.
Acima, a editora de moda Iesa Rodrigues e Betty Lago. Ao lado,
Teresa Cristina Schmidt com o
beauty artist
Ronald Pimentel
em lançamento de Gregório Faganello. Abaixo, à esquerda, a
estilista Carla Roberto em clima de Carmen Miranda com suas
modelos. No centro, Mauro Taubman, da Company. E, à direita,
Pilar Rossi com suas modelos. A da direita é Liz Machado
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