Numa Europa castigada pela guerra, a Bauhaus foi moldando o design de um
mundo novo, onde a forma seguia a função em edifícios e peças de linhas retas,
minimalistas, funcionais, competitivas e fáceis de serem multiplicadas. A fábrica
de sapatos Fagus, em Alfeld – desenhada por Gropius e Adolf Meyer, em 1911,
no noroeste da Alemanha –, cadeiras, como a Barcelona, de Mies van der Rohe,
e a Wassilly, de Marcel Breuer, fontes de letra criadas por Josef Albers, a belíssima
arte têxtil de Anni Albers, a poética e colorida geometria do balé Triádico de Oskar
Schlemmer são apenas alguns exemplos da objetividade criativa da Bauhaus.
Em janeiro de 2019, do dia 16 ao dia 24, a Academia de Artes de Berlim
dá a partida nas comemorações do Centenário da Bauhaus com um festival
imperdível, dirigido por Bettina Wagner-Bergelt, atualmente diretora artís-
tica da companhia Tantztheater Wuppertal, fundada por Pina Bausch.
O festival faz parte de um programa que acontecerá o ano inteiro na
Alemanha e no mundo, incluindo 25 produções com 10
premières
mun-
diais, performances de 150 artistas, abertura de dois novos museus e
ampliação do Arquivo Bauhaus em Berlim.
O novomuseu Bauhaus emWeimar é umprojeto do escritórioMenoMenoPiu,
sediado em Paris, mas fundado por três italianos, Emanuele Salini, Rocco
Valantines e Alessandro Balducci. Concebido como uma caixa de vidro, com
painéis para captar energia solar, o prédio inaugura, em abril, com a exposição
Bauhaus vemdeWeimar
. A retrospectiva falará da influência da “Bauhaus como
um terreno de teste-escola no presente e no futuro”. Inaugura, em setembro, o
Museu Bauhaus de Dessau, construído pelo escritório Gonzalez Hinz Zabala, de
Barcelona, com 40 mil objetos contando a história do movimento.
“O movimento
integrou artista,
artesão e
indústria”
Foto Museu Arquivo Bauhaus
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