

a implementação dos condomínios fechados – os
núcleos urbanos, idealizados por Lúcio Costa, que
marcam uma nova forma de viver na cidade ao asso-
ciar moradias com serviços.
“Os terrenos murados e a homogeneidade de clas-
ses sociais eram pontos de atração para famílias com
crianças, se escondendo da violência crescente na
cidade, sem falar na infraestrutura de lazer. Já durante
a década de 1980, as principais construções estavam
voltadas para o setor comercial, com prédios de escri-
tórios, shoppings e clubes”, destaca Cardeman.
O diretor da ECA/UFF destaca que havia um receio de
que a Barra não se consolidasse como área de expan-
são, por causa de duas questões: primeiro, a distância,
agravada pela falta de acessibilidade e, depois, diz ele,
como estimular que famílias de classe média da Zona
Sul deixassem seus apartamentos e se dispusessem a
morar numa área que era vista como um areal deserto?
“Assim, o primeiro condomínio, Nova Ipanema, vai
viabilizar essa proposta. Uma Ipanema passada a limpo.
Com segurança, onde as crianças podem voltar a brincar
nas ruas. E depois, o Novo Leblon. A campanha publi-
citária, genial, dizia: ‘Viva onde você gostaria de passar
as férias’. Você não comprava um imóvel, mas um novo
estilo de vida. Assim, famílias se dispuseram a colonizar
essa região. E esse processo está em curso até hoje”.
Av. Abelardo Bueno
Av. das Américas, ponte sobre o canal de Sernambetiba e trecho que vai em direção à Grota Funda.
Divulgação Carvalho Hosken
Foto cedida por Nair de Paula Soares
Foto cedida por Nair de Paula Soares
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