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dimensões, mas menos que três – digamos então 2,7
para mim é provavelmente o lugar ideal para estar”,
explica Stella.
As tentativas para eliminar qualquer elemento exte-
rior do quadro pela insistência na visão do plano le-
varam o artista a cortar seções das telas que não fa-
ziam parte do esquema global do desenho. O resultado
foram as
shaped canvases
(telas com formatos), que
abriram novas possibilidades para pintores e escultores
e marcaram o início do que veio a se tornar o direcio-
namento principal do seu trabalho – o esforço para
dar forma física aos quadros ou a construir superfícies
sobre as quais ele vai pintar.
Nos anos 70, Frank Stella desenvolve uma série de
trabalhos tridimensionais em grande escala, denomi-
nados maximalistas, o que correspondia ao que Stella
chamava de espaço pictórico que acomoda o alcance
de todos os nossos gestos, tanto imaginários quanto
físicos. A série intitulada Polish Village (1970-1973) é
considerada uma das mais importantes em sua carreira
por trazer às suas pinturas abstratas um maior volume,
massa e dinâmica espaciais. Stella troca a tela pela ma-
deira como superfície e, nas séries seguintes, começa
a utilizar o metal.
“A busca através das pinturas da Polish Village abriu
coisas para mim de tal modo que eu fui capaz de usar
meu talento para estruturar algo que o modernismo
não havia explorado antes, a ideia de que pinturas po-
dem ser construídas... Construir uma pintura tornou-
-se algo natural para mim. Construir e depois pintar”,
disse o artista, na época.
MAGAZINE CASASHOPPING
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Duas obras dos anos 60 em acervos de Nova York:
abaixo, Marrakech, de 1964, vinda do Metropolitan, e
A Imperadora da Índia, de 1965, fornecida pelo MoMA
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