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ARTE
Em 1974, Stella viaja para o Brasil e, em seguida, rea-
liza a série de obras feitas de alumínio e cores intensas,
intitulada Brazilian, com nomes de bairros cariocas e,
em 1985, participa da 8ª Bienal Internacional de São
Paulo. Passa a utilizar a linha curva, materiais diver-
sos e cores metálicas e fluorescentes. Ou a configurar
uma organização em sequências coloridas, que dão um
novo ritmo à superfície. A seguir, Stella adota a policro-
mia e a assimetria e as suas séries ganham um caráter
menos sequencial e as superfícies abandonam, pela
primeira vez, a simetria a regularidade dos elementos.
O fluxo ininterrupto do trabalho pode ser observado
no seu ateliê, onde guarda as suas
assemblages,
bem
como as maquetes e os modelos dos relevos das estru-
turas metálicas. Percebe-se também a mudança do tipo
de superfície que ele vai utilizar nas suas experimenta-
ções: tela, feltro, papel, madeira, gravura, lâminas me-
tálicas, fibra de vidro, peças fundidas em areia, treliças
e malhas de alumínio, entre outros.
Nos últimos anos, Frank Stella tem produzido peças
de metal volumosas, esculturas monumentais, murais,
verdadeiras estruturas arquitetônicas com alumínio
retorcido e ainda alguns projetos arquitetônicos, den-
tro de um processo em que Frank Stella imprime as
suas marcas no mundo e nos dão a oportunidade, a
nós, espectadores, de acompanhá-lo em suas aventu-
ras criativas.
Vanda Klabin é socióloga, historiadora de arte, curadora
e autora de artigos e ensaios sobre arte contemporânea.
Frank Stella dos anos 80, em The Whiteness of the Whale
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