Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  113 / 164 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 113 / 164 Next Page
Page Background

MAGAZINE CASASHOPPING

113

O traço

da

tatuagem

Quando todas as

impressões são as

que ficam

ME L I SSA JANNUZ Z I

G

ravar desenhos na pele para expressar atitude, sentimentos,

desejo ou personalidade acompanha o ser humano desde os

rudimentos da sociedade. Registrar um momento marcante,

transmitir uma filosofia, mostrar a que grupo pertence ou até registrar

talentos, amores ou vitórias é um rito antigo, mas que se inseriu, agora,

em nosso cotidiano, como uma demonstração de individualidade. Com

o desenvolvimento dos desenhos, as tatuagens caíram no gosto de

jovens de todas as idades ao unir dois fenômenos sociais: o design e o

estilo de vida.

Foi a partir de meados do século XX que as tatuagens ganharam

espaço na moda, tanto na quantidade quanto na qualidade de traços.

No começo, era considerada uma atitude rebelde que se popularizou

por aqui por volta dos anos 80. No subúrbio, roqueiros e punks usavam

desenhos de caveiras, foices e outros ícones que mostravam as revoltas à

flor da pele. Pela Zona Sul, a turma do surf gostava de registrar dragões,

mar, peixe, sol na pele. Era considerada uma atitude bem transgressora e

as partes do corpo escolhidas, em geral, eram onde a roupa pudesse es-

conder. “Hoje, transgressor é quem não tem tatuagem”, diz Daniel Tucci

que há 25 anos trabalha no mercado. “Meus clientes vão dos 18 aos 78

anos e a decisão passa pela vaidade, pois quem faz tatuagem hoje acha

bonito e gosta de mostrar”, diz.

Fotos: Daniel Tucci