Qual
a cor
do
rosé?
O que há de refinado
e inesperado por trás
dos vinhos do momento.
A
pesquisa do filme “Ligações Perigosas” é impecável. Em uma das cenas do
filme, ambientado no cenário palaciano de Luís XVI, a dupla de protagonis-
tas, a Marquesa de Marteuil (Glenn Close) e do Visconde de Valmont (John
Malcovitch) fazem um brinde com dois cálices de vinho rosé, já servidos em uma
bandeja. O lado preciso da pesquisa está na natureza da cor da bebida, por conta
de uma recente descoberta: o vinho da antiguidade era rosa.
Falamos de uma antiguidade bem mais remota do que a do romance, mais
exatamente da época dos gregos, dos etruscos, dos romanos, um tempo em que
o domínio da cor do vinho – ou as castas apropriadas para tingi-lo – era raro ou,
simplesmente inexistente. “É provável que o vinho servido na mesa de Jesus tenha
sido um rosé”, diz Valérie Rousselle, proprietária do Château Roubine e uma das
mais conhecidas integrantes do conselho do Centre de Recherche du Vin Rosé.
MAGAZINE CASASHOPPING
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