MAGAZINE CASASHOPPING
124
• •
tecnodesign
Luminárias com os ícones do jogo Space Invaders.
Acima, almofada baseada no jogo Angry Birds.
Se, por um lado, o cenário das marcas variou muito
nessas quatro décadas, com empresas e marcas surgindo
e desaparecendo, por outro lado, a linha evolucionária
dos jogos foi contínua. Em 1984, outro design nascia
para influenciar peças de design até hoje, o Tetris, com
sua geometria irresistível, primeiro em preto e branco
(e algum cinza) e, depois, com cores brilhantes e ruídos
mais sofisticados.
Com o entretenimento, vem a excitação. Quem não se
lembra das proibições de jogos como o Grand Theft Auto
e outros jogos em que a graça era atropelar transeuntes?
E, das censuras ao histórico, Mortal Kombat – que sofreu
graves críticas pela violência mais que explícita – foi um
desses marcos, ao ter os personagens e o fundo em
planos diferentes e um grau de “realismo” muito maior
do que os precursores – daí as críticas. Um 3D primitivo,
mas que foi um salto impressionante para a época. Outro
objeto de preocupação pelo realismo foi a série Sims,
que começou com gráficos planos de cidades em que
o usuário era o prefeito. Mas que evoluíram ao nível de
administrar não uma metrópole, mas pessoas – e suas
relações, inclusive as mais íntimas.
Uma das coisas que o crescente realismo permitiu foi
que filmes virassem jogos, jogos viraram filmes. Lara
Croft, a heroína de Tomb Raider, chegou ao cinema na
pele de, nada mais nada menos, Angelina Jolie, e um
remake
estrelando Alicia Vikander está em pré-produção,
com lançamento previsto para 2018. No sentido con-
trário, filmes – James Bond – viraram jogos. E os jogos
de futebol, corridas passaram a não ser mais abstrações
O design gráfico dos
jogos eletrônicos viraram
culto e, em muitos casos,
ganharam as estampas
ou formas bem sólidas
de design.
Fotos: Divulgação