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MAGAZINE CASASHOPPING

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S

im, no princípio era o pixel, nome dos

pontos luminosos de uma tela eletrônica,

como a do seu computador, telefone,

tevê. Alguém se lembra? Nos jogos, formava

pontos quadrados nas telas de vidro, ao lado de

seus gabinetes enormes, pesadelo para qual-

quer decorador. Mas o fascínio de, finalmente,

comandar a tela, em vez de ser escravizado por

ela, fez o sucesso dos primeiros jogos, por mais

rudimentares que fossem – era o que os proces-

sadores e a memória permitiam na época em

que nossos computadores de mesa ainda eram

um sonho caro, uma cobiça de filme de ficção.

Um desses jogos, em fins dos anos 70, um

jogo de tênis (ou pingue-pongue) com quatro

elementos em fundo preto: um traço maior di-

vidindo a tela (a rede), dois traços (as raquetes)

e uma bola quadrada. Era o Pong que podemos

considerar o primeiro

videogame

da história do

entretenimento eletrônico no Brasil.

E, com ele, começou a nascer uma indústria e

com ela uma nova área do design gráfico que

viraram culto e que, em muitos casos, ganharam

as estampas ou formas bem sólidas de design.

É o caso de ícones pop dos anos 80, como o

Space Invaders, em que o jogador destruía,

de baixo para cima, uma legião cada vez mais

furiosa de naves alienígenas. E o superclássi-

co Pac Man, que ilustra desde camisetas até

revestimentos de parede. Em muitos casos, os

antigos ursos de pelúcia foram substituídos pelo

simpático Mario, da série Super Mario Brothers.

Hoje, encontramos colchas ilustradas com ou-

tros objetos de vício, como os doces do Candy

Crush Saga e almofadas na forma dos persona-

gens de Angry Birds. Mas, de volta ao Futuro,

a própria Atari, que virou sinônimo de jogo por

um bom tempo, continuou a evolução visual

dos jogos. Primeiro vieram as cores. O aumen-

to de resolução – pontos na tela – ia demorar

um pouco para melhorar. Mas, mesmo com

resolução baixa, com aquela imagem serrilhada,

surgiram os clássicos, entre eles o próprio Pac

Man que, 40 anos depois, estrelou no filme

Pixels como vilão.

MAR I O JORGE PASSOS