DÉCO
M
archand, antiquário, pesquisador e presidente do
Instituto Art Déco Brasil, inaugurado em 2005, Marcio
Roiter nunca passa despercebido. Seu entusiasmo é evi-
dente e constante e os franceses diriam que ele
croque la vie à
belles dents
. Incansável defensor de um estilo que já foi cha-
mado de moderno, Marcio está sempre presente nos congres-
sos que acontecem mundo afora e conseguiu que o 11º tivesse
como palco o Brasil, mais precisamente o Rio e, pela primeira
vez, a América Latina.
Entrar em seu apartamento é deslumbrar-se a cada passo. São
300m
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recheados de maravilhas que Marcio foi colecionando ao
longo da vida. “Aos 20 anos fiz minha primeira aquisição de porte,
um móvel expositor de camisas e acessórios, de peroba do campo
em estilo Art Nouveau que pertenceu à loja Torre Eiffel, do Rio,
feito pelo arquiteto Antonio Borsoi. Tenho até hoje. Ele já esteve
na loja que eu tinha na Pacheco Leão e agora voltou para cá”,
conta ele. Mas, na verdade, o
marchand
, e mais recentemente
nomeado Embaixador do Art Déco de Saint Quentin (uma cidade
na França), começou a comprar antiguidades, notadamente
peças Art Déco, aos 15 anos, quando foi passar uma temporada
em Paris para fazer cursos de história e literatura na Sorbonne.
Monsieur
Morando num dúplex no Jardim Botânico
há 20 anos, Marcio Roiter tem o melhor dos mundos:
vive rodeado de verde e de preciosidades
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