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Os críticos de arquitetura e design, de uns tempos

para cá, decidiram que os ensinamentos e a

produção da Bauhaus seriam verdadeiros inimigos

das premissas do Art Déco.

ART DÉCO

E BAUHAUS

Marcio Roiter

Presidente e fundador do

Instituto Art Déco Brasil

As paredes estão tomadas por preciosida-

des, como os 42

pochoirs

(quadros) do russo

Serge Gladky e pelos painéis de Gaston Priou

– laca sobre madeira, de 1930 – que ficam na

sala de jantar. É, aliás, na mesma sala, sobre

a mesa, que está a luminária de Weinstein,

uma estrela de cristal trabalhada a ácido

com relevos Art Déco que, sem trocadilhos,

é a “star” do ambiente. Muitas peças foram

encontradas em vendas que algumas famílias

fizeram, mas que não tinham a menor noção

do valor. As fábricas europeias escoaram seus

estoques maciçamente para a América do Sul

durante a guerra. Outras, ele arrematou em

demolições e leilões. Peças contemporâneas?

Ele tem e cita uma gravura de índio feita

por Warhol com dedicatória, uma escultura

de Luiz Philippe Carneiro de Mendonça e a

coleção de cartazes do Rio de 1920 a 1960.

“As companhias de turismo anunciavam o

Rio como um destino chique, tipo TINHA que

conhecer”, afirma Marcio, acrescentando que

mistura até peças de inimigos do Art Déco.

Esculturas estão por toda a parte e desta-

camos as da sala do terraço, em mármore,

de Charpentier, de 1900. Conclusão? Uma

visita ao lugar merecia estar no currículo dos

cursos de arte, design e arquitetura. • •

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