Movimento, cor, dança, moda: resumo dos temas de Sonia Delaunay na tela Bal Bullier, de 1914, no Centro Georges Pompidou, em Paris.
sonagens da vida cultural parisiense na década de 1930.
Ali, o casal recebia, todos os domingos, seus múltiplos
artistas e amigos vanguardistas. Sonia falava diversas lín-
guas e, entre os visitantes frequentes, estavam os artistas,
escritores, poetas, músicos e coreógrafos vanguardistas
como Apollinaire, Blaise Cendrars, Diaghilev, Tristan
Tzara, Serge Poliakoff, entre outros.
Em Madrid, ela já fundara “Casa Sonia”, para comer-
cializar seus objetos de design, decoração de interiores e
moda, reafirmando a sua prática artística multidisciplinar.
Seus desenhos têxteis foram realizados por um longo
período, entre 1924-1936, e contam cerca de cinco mil
criações que registram sua vasta paleta e sua diversida-
de artística. Em 1928, a criatividade de Sonia Delaunay
chega ao Brasil. Por encomenda de seu cliente, a Casa
Aladin, na rua 13 de Maio, Rio de Janeiro, ela realizou
diversas pancartes, pequenas guaches com os motivos.
Sonia Delaunay foi a primeira artista feminina a ganhar
uma mostra no Museu do Louvre, em 1964. Há dois
anos, seu trabalho voltou a ser relembrado como a
segunda grande retrospectiva que o Museu de Arte
Moderna de Paris realizou. No mesmo ano, a artista era o
destaque na Tate Modern e, nesse ano, no Museu Reina
Sofia, Madrid.
Seu acervo reflete, até hoje, de forma vibrante, o espa-
ço moderno das décadas de 1920 e 1930, com experiên-
cias com a geometria, a fratura das formas, os fenôme-
nos óticos, as múltiplas visões sobre o mesmo objeto.
Nessa turbulência cultural, os acordes ou dissonâncias das
cores, suas vibrações e ritmos, são elementos que trouxe-
ram um novo procedimento para a linguagem artística.
Através de Sonia Delaunay, o movimento sincrônico ou a
simultaneidade da luz, torna-se um dos grandes temas da
pintura. E da moda. E do design.
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Sonia Delaunay foi a primeira artista feminina
a ganhar uma mostra no Museu do Louvre, em 1964.
Há dois anos, seu trabalho voltou a ser relembrado como
a segunda grande retrospectiva que o Museu de Arte
Moderna de Paris realizou.
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