

Histórias, influências
de fora e criatividade
de sobra recheiam a
cozinha do carioca
Luciana Fróes
A
culinária carioca é um caldeirão de sabores. Ou seria
caldereta? Uma cozinha que ora flerta com os botecos,
mas que tira a “gordura” na hora de servir; que abraça
forte e com gosto todas as cozinhas que aportaram por aqui
– portuguesa, espanhola, alemã, italiana, árabe, japonesa...
– e ainda olha comprido para o que está acontecendo no
mundo e mergulha de cabeça, joga tudo no processador e,
voilà
, surge algo novo no ar, no cardápio e no prato.
“O Rio é uma metrópole, recebe sabores do mundo todo, dá
seus toques e lança moda. Veja o caso do açaí: bastou o carioca
adotá-lo, para ganhar fama. Ele foi parar no
bowl
, virou energé-
tico matinal e hoje está pelos quatro cantos do mundo”, resume
o chef Felipe Bronze que já revisitou boa parte dos
hits
da alta
e da baixa culinária carioca e incluiu, num adorável cardápio do
Oro, essa merecida homenagem. Coisas como uma réplica do
sanduíche de pernil com abacaxi, clássico do Cervantes. “Mas o
meu Rio tem gosto de estrogonofe, de coquetel de camarão, de
carne assada com o molho de ferrugem, empadinhas, cachorro-
-quente do Geneal...”.
Acrescente a essa miscelânea de sabores e raízes fartas colhe-
radas de molhos à base de ingredientes pouco usuais. Com
humor. Exemplos? Há vários...
O (bom) gosto
carioca
MAGAZINE CASASHOPPING
|
83